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O NEVOEIRO











Tudo parece proposital em O Nevoeiro, se você está a fim de ver mais um daqueles filmes trash-comerciais no cinema, sim você vai ver... mas não se engane, porque nele vai ter mais do que isso... monstros atacando pessoas, e pessoas matando pessoas.
Adaptado por Frank Darabont, O Nevoeiro, terceiro filme adaptado de uma obra de Stephen King, nos apresenta David Drayton (Thomas Jane) que surge na trama finalizando a arte de um cartaz de cinema.
Quando uma tempestade anuncia, David vai para o porão com a esposa e seu filho Billy (Nathan Gamble). Na manhã seguinte, a família descobre que a casa sofreu danos durante a noite. Percebendo que a casa precisaria de reforma e que outra tempestade poderia estar próxima, David, seu filho e um vizinho, Brent (Andre Braugher), onde teve desentendimentos tempos atrás no tribunal resolvem ir até a cidade em busca de mantimentos.
Chegando na cidade, um misterioso nevoeiro aproxima-se deixando David, Billy, Brent e outros residentes presos em um supermercado depois de descobrirem que por trás dessa névoa encontra-se um perigo desconhecido.
Assim como todas as histórias horripilantes de King, O Nevoeiro não se difere em seu aspecto, é terror, mistério e palco do espetáculo da natureza humana, coisa que o escritor sempre soube fazer muito bem, e Darabont também. Ao mesmo tempo que o nevoeiro esconde a ameaça misteriosa, da população revela os medos e sua própria condição.
Frank Darabont é responsável por outras duas adaptações de Stephen King ( Um sonho de liberdade e À espera de um milagre) e acerta mais uma vez em compreender o emprego do terror de King para analisar o comportamento de seus personagens, seus dilemas morais e religiosos que impelem uns contra os outros. E está aí o trunfo de O Nevoeiro, um filme que discute o comportamento dos indivíduos perante a religião ou a contraposição entre fé e ciência o que gera certas atitudes horripilantes dos personagens e até os 20 minutos finais do filme você vai estar horrorizado, pedindo que um “monstrinho” apareça logo.
Destaque também pelas atuações de O nevoeiro. Thomas Jane acerta como protagonista e ilustra David de maneira natural e convincente acertando também nas cenas dramáticas, assim como a maioria dos atores do filme. E atenção pela ótima atuação e performance nada sutil de Marcia Gay Harden, que prova ser uma ótima atriz mesmo quando investe numa quase caricatura. Interpretando a evangélica fundamentalista, a nojenta e repugnate Sra. Carmody se transforma ao longo do filme, o ser mais ameaçador e assustador de O Nevoeiro. E já adianto, não porque ela se transforma em algum monstro purulento. E acredito que aí esteja o fascinante do filme. No mundo fora de O Nevoeiro, sabemos que não existem monstros com tentáculos, dentes afiados, insetos gigantes devoradores de carne humana , mas criaturas monstruosas como certos personagens, humanos. E se deixarmos nos levar ou até mesmo contrariar, eles podem se tornam seres assustadores e destruidores da moral e completamente indestrutíveis. Afinal quem se cega pela fé se cega por um nevoeiro que revela todos os monstros da contraposição, seja pela religião, seja pela ciência ou por uma lado mais sério, a defesa da sua verdade.

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